"Simplicidade, é o conceito que nos remete ao estado mais puro da realidade. É a forma, embora periculosa, mais íntima de se olhar no espelho"

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Sobre verdades e mentiras

"O verdadeiro cego é aquele que não quer enxergar."
Domínio Público




Sou daquelas que conhece uma mentira pelos olhos, mas prefiro acreditar nas palavras de quem fala. Silencio, e luto constatemente pra que elas me conveçam disso. Acredito que seja um sistema de defesa chamado "Anti-decepção" mas, esse sistema é totalmente falho! Se o objetivo é não sofrer, ou sofrer menos, realmente não funciona como deveria, o sofrimento vem dobrado, e diário, e sempre...
Digo que as mentiras gostam de ser o centro das nossas atenções, se mostram uma vez e 'volta e meia' nos assombram novamente, e sempre somos os culpados pelo seu brilho espetacular.
Já a verdade é uma grande menina tímida, porém quando vem é solícita e carinhosa, trás consigo muitos presentes dentre eles a confiança. Outras vezes, trás consigo uma dor sem tamanho, de um só vez, como um balde de água fria jogada em nossa cabeça, ao contrário da mentira, que uma doença crônica, que tende a piorar e sempre vem nos visitar com doses homeopáticas.



Acredite quem quiser...



"Tem gente que jura que a vida é virtude
Tem gente que faz o bem por falsidade
Não há no universo uma força que mude
O dom da mentira, o som da verdade
A lábia do sábio, a arma do rude
São Deus e o Diabo unidos na prece
"

MÚSICA: "Verdades e mentiras" de Sá e Guarabyra
 VÍDEO: TeAyres


Palavras em Elo
Ádila Ribeiro



quinta-feira, 28 de junho de 2012

Podes Crer...


O que é, meu irmão
eu sei o que te agrada
e o que te dói, e o que te dói
é preciso estar tranqüilo
pra se olhar dentro do espelho
refletir
o que é?
seja você quem for
eu te conheço muito bem
e isso faz bem pra mim
isso faz bem pra vida
onde quer que vá
eu vou estar também
eu vou me lembrar
daquela canção que diz
parapapapa....
bendito
encontro
na vida
amigo
é tão forte quanto o vento quando sopra
tronco forte que não quebra, não entorta
podes crer, podes crer,
eu tô falando de amizade!
Letra: Cidade Negra

A você que acha que vai me perder, que nossa amizade vai acabar... E que por isso já quer desapegar... 

Ádila Ribeiro

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Um pouco de mim

Certa vez li esses textos e me identifiquei, confesso que não conheço o autor, mas acho que é de grande valia.

"Sou como um livro!!
Há quem me interprete pela capa. Há quem me ame apenas por ela. Há quem viaje em mim. Há quem viaje comigo. Há quem não me entende. Há quem nunca tentou. Há quem sempre quis ler-me. Há quem nunca se interessou. Há quem leu e não gostou. Há quem leu e se apaixonou. Há quem apenas busca em mim palavras de consolo. Há quem só perceba teoria e objetividade. Mas, tal como um livro, sempre trago algo de bom em mim."


"Eu não sou não a mais bonita, nem tenho o mais lindo sorriso. Eu não me pareço com a barbie e não tenho todos os ideais de beleza, eu sonho acordada e choro sem razão. Eu não uso perfume, prefiro hidratante e cabelo preso. Eu não saio de casa sem estar me sentindo bem, eu tento ser diferente, mas acabo sendo completamente igual. 
Eu vou bem em português e não entendo matemática. Eu já fui chamada de perfeita e descobri que a perfeição cansa. Eu já fui a melhor coisa na tarde de alguém, mas que não fez disso a melhor coisa para a minha tarde. Eu posso ser muito querida, mas posso ser insuportável quando eu quero. Eu já fui a garota dos sonhos de alguém. Eu já fiz juras de amor e já chorei por elas. Eu conheço muitas pessoas, mas posso contar nos dedos quem realmente são os amigos de verdade."


"Não sirvo para mulherzinha
consigo ser feminina sem precisar me fantasiar de barbie
consigo chamar atenção sem precisar ser vulgar
falo palavrão sem cerimônia
não causo nem faço questão de chamar atenção
não faço a íntima nem forço sorrisos 
não me encaixo nos padrões de beleza, mas nem por isso gasto fortunas em salão de beleza ou faço mil e uma táticas e receitas para emagrecer, tampouco deixo de comer o que gosto
não sigo modinhas"
tenho gostos e opiniões próprias
não ligo para a opinião dos outros."


É isso, me identifico!

Palavras em Elo de Ádila Ribeiro

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Elo quebrado

" até o mel mais doce azeda num recipiente sujo... "
                                                               Pitágoras

Arrebentou,
Se desfez o que unia você a mim,
A sinceridade? A clareza? O brilho? é por aí...
Já o amor que declarávamos, NUNCA existiu.
Pois se fosse amor, não faltaria, nem sinceridade, nem clareza, já o brilho...
Como já escrevi antes aqui, esse costuma me ofuscar e confundo tudo, inclusive o amor.






Lhe digo: quebrou... e só!
E agora? Essa resposta nem eu sei!
O elo? talvez tenha remendos, e eu atue muito bem nos próximos dias...
Mas você me perdeu, como outras pessoas já perderam.
Eu segui, e vou seguir.
Não tenho medo.






Sofrer? Já passo por isso desde sempre, e,
ainda estou aqui, viva, de pé, pronta pra outras ciladas da vida.
A frase volta: "1º eu, 2º eu, 3º eu e ..."
Parece loucura? E daí...?? você nunca se importou mesmo.
Me deixa ir em paz!


Sabe o que se rompeu?
A cumplicidade!


Palavras em elo de Ádila Ribeiro

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A Volta


Sinto sair dos trilhos
Sentimentos loucos
Retrovisor desfocado
Visão do passado à minha frente


Medo, medo do passado
Que agora me atormenta sempre
Tento de forma 'incessantemente' não pensar
Mas revejo sempre a imagem em meu retrovisor


Dói, 
Dor impotente diante da decisão a ser tomada
por mim e mais ninguém.
Essa história, não quero reescrever.








Palavras em Elo escritas em 18/05/2012

terça-feira, 8 de maio de 2012

A justiça é cega, mas o juiz não!


Num inquérito pela contravenção de vadiagem, que ocorreu na 5a Vara Criminal de Porto Alegre, o juiz Moacir Danilo Rodrigues proferiu a sentença que transcrevo a seguir:  


§ Marco Antônio Dornelles de Araújo, com 29 anos, brasileiro, solteiro, operário, foi indiciado pelo inquérito policial pela contravenção de vadiagem, prevista no artigo 59 da Lei das Contravenções Penais. Requer o Ministério Público a expedição de Portaria contravencional.  
§ O que é vadiagem? A resposta é dada pelo artigo supramencionado: Trata-se de uma norma legal draconiana, injusta e parcial. Destina-se apenas ao pobre, ao miserável, ao farrapo humano, curtido vencido pela vida. O pau-de-arara do Nordeste, o bóia-fria do Sul. O filho do pobre que pobre é,sujeito está à penalização.  
§ O filho do rico, que rico é, não precisa trabalhar, porque tem renda paterna para lhe assegurar os meios de subsistência. Depois se diz que a lei é igual para todos! Máxima sonora na boca de um 
orador, frase mística para apaixonados e sonhadores acadêmicos de Direito.  
§ Realidade dura e crua para quem enfrenta, diariamente, filas e mais filas na busca de um emprego. Constatação cruel para quem, diplomado, incursiona pelos caminhos da justiça e sente que os pratos da balança não têm o mesmo peso. Marco Antônio mora na Ilha das Flores, no estuário do Guaíba. Carrega sacos. Trabalha em nome" de um irmão.  
§ Seu mal foi estar em um bar na Voluntários da Pátria, às 22 horas. Mas se haveria de querer que estivesse numa uisqueria ou choperia do centro, ou num restaurante de Petrópolis, ou ainda numa boate de Ipanema?  
§ Na escala de valores utilizada para valorar as pessoas, quem toma um trago de cana, num bolicho comércio em pequena escala - regionalismo Rio Grande do Sul -) da Volunta, às 22 horas e não 
tem documento, nem um cartão de crédito, é vadio.  
§ Quem se encharca de uísque escocês numa boate da Zona Sul e ao sair, na madrugada, dirige (?) um belo carro, com a carteira recheada de "cheques especiais", é um burguês.  
§ Este se é pego ao cometer uma infração de trânsito, constatada a embriaguez, paga a fiança e se livra solto. Aquele, se não tem emprego é preso por vadiagem. Não tem fiança (e mesmo que 
houvesse, não teria dinheiro para pagá-la) e fica preso.  
§ De outro lado, na luta para encontrar um lugar ao sol, ficará sempre de fora o mais fraco. É sabido que existe desemprego flagrante. O zé-ninguém (já está dito), não tem amigos influentes. Não há apresentação, não há padrinho. Não tem referências, não tem nome, nem tradição.  
§ É sempre preterido. É o Nico Bondade, já imortalizado no humorismo (mais tragédia que humor) do Chico Anísio. As mãos que produzem força, que carregam sacos, que produzem argamassa, que se agarram na picareta, nos andaimes, que trazem calos, unhas arrancadas, não podem se dar bem com a caneta (veja-se a assinatura do indiciado à fls. 5v.) nem com a vida.  
§ E hoje, para qualquer emprego, exige-se no mínimo o primeiro grau. Aliás, grau acena para graúdo. E deles é o reino da terra. Marco Antônio, apesar da imponência do nome, é miúdo. 
§ E sempre será. Sua esperança? Talvez o Reino do Céu. A lei é injusta. Claro que é. Mas a Justiça não é cega? Sim, mas o juiz não é.  
Por isso: Determino o arquivamento do processo deste inquérito. Porto Alegre, 27 de setembro de 1979. Moacir Danilo Rodrigues – Juiz de Direito.


“Transcrito do Suplemento Jurídico: DER/SP no 108 de 1982”SA


Sabe aquelas histórias que ouvimos por aí, e só de pensar que isso é fato consumado e vive a se repetir, nos dói na alma, e dá vontade de gritar, esperniar, lutar a todo custo pela mudança? Ser o heroi, mas não em busca de vã glória e sim, de apenas gritar que o mundo acorde de um sono profundo e cômodo.

Ao ler esse artigo, para a faculdade, foi essa a minha vontade. E como me irrita o comodismo. E pergunto: "Até quando? até quando o ser humano vai rotular de pobre, rico, gay, negro, classe A, B, C e outros?"

Fica aí meu questionamento, que agora espero que seja nosso questionamento!




Palavras em Elo de  Ádila Ribeiro em 08/05/2012.

domingo, 6 de maio de 2012

DEVANEIOS





Sabe aquela fase em que se dá o sangue por algo?

Mergulho, me entrego, faço “tripas coração”. Mudo rumos e focos. Vejo brilho até em lataria...

Mas chega um dia e... BUM!

Começo a cansar e tudo se torna dolorido, custoso e o brilho lúdico se torna o monstro.

Quero, a todo custo, fugir. Isso é fato! Mas a vida e as circunstâncias não são tão fáceis assim. 
Só entende quem vive!

Alguns até sabem, mas entender...

Estou cansando, me calando, me reduzindo. Isso é ruim? Definitivamente, não sei.

Mas sei que, do jeito que está não dá pra continuar.

Preciso aprender, de uma vez por todas, a dizer NÃO!

E espero, mesmo, que esse dia não se alongue mais...



Palavras em Elo escritas em 06/05/2012